Flecha arremessada e
palavra dita, não voltam
A palavra quando sai de nossa boca não volta até nós sem antes ter promovido o seu efeito. Se foi uma boa palavra, com propriedade e consistência, o seu efeito será positivo. Do contrário, ela a palavra, encarregar-se-á por si só em trazer como retorno uma avalanche desastrosa de seus efeitos negativos. Prudência ao falar em situações públicas ou não, deveria ser o norte para o cultivo de bons relacionamentos.
Duas situações nesta semana, onde pessoas públicas proferiram asneiras, nos chama a atenção: “Índio tem uma namorada e, me disse por telefone ’Não tenho amantes’. Eu até disse: também não precisa exagerar. O que tem que ser é uma coisa discreta”, frase dita por José Serra, candidato do PSDB à presidência da República. O candidato ao querer defender seu recém indicado candidato a vice-presidente, das acusações de que era mulherengo e tinha várias amantes, acabou diante de uma grande platéia e da imprensa, falando o que não devia, em local inadequado e para quem não podia ouvir, ou seja, complicou ainda mais a situação e depois não soube responder aos questionamentos sobre se era ou não favorável a situação do homem ter amantes. Por mais que tente justificar, as suas palavras foram ouvidas em alto e bom som e agora trará seus efeitos negativos.
“Cada um deve cuidar de seu ofício. Eu estou cuidando do meu e não aceito ninguém querer tomar decisões por mim e também não estou aberto a opiniões. Sei o que estou fazendo e no final vocês serão obrigados a me dar razão”, técnico Dunga, da Seleção Brasileira, ao dirigir-se de forma ríspida a repórteres durante coletiva de imprensa no início da Copa da África do Sul. Os brasileiros, agora podem realmente dar razão ao Dunga. Ele sabia muito bem o que estava fazendo com sua atitude autoritária, egoísta e maníaca. Ele sabia muito bem o estava fazendo: jogava uma pá de cal em cima do sonho de 190 milhões de fanáticos torcedores da Seleção. Suas palavras com certeza trarão a ele o retorno negativo.
O curso de nossa vida é tão bom conosco, pois sempre está a sinalizar por onde devemos seguir, quando devemos parar, a hora que temos de falar e a hora que temos de ouvir. Cabe a cada um não querer atropelar esse curso. A Seleção está fora. Mas, foi só mais um jogo de futebol, a vida continua.
É isso ai, boa leitura e até a próxima.
Nenhum comentário:
Postar um comentário