Maria Lúcia Victor Barbosa, escreveu um artigo sobre a fascinação que a mentira causa nos seres humanos. Segundo a articulista, é fato que as pessoas mentem por necessidade, por prazer ou para se auto enganar. A mentira ocupa um lugar tão vasto nos relacionamentos sociais que dificilmente a verdade emerge por detrás da máscara da hipocrisia que encobre o caráter humano. E tem mais: a mentira fascina e é tão amada quanto a verdade é insuportável. Por isso sempre vencem os melhores especialistas em manipular ilusões. Que o digam os marqueteiros, os grandes negociantes, alguns tipos de pregadores e os políticos.
Mas, se mentir independe de classe, cor, sexo, religião e nível social, o palco mais evidente é o da política na medida em que é no espaço público que as relações de poder são realizadas ficando mais evidentes para toda sociedade.
O político espertalhão sabe que quanto mais mente, mais é admirado pela massa sequiosa de sonhos e de esperança. Daí o uso intensivo da propaganda, as promessas mais absurdas em época de campanha, os discursos fora da realidade. Se o poder é a única meta, tudo vale para conquistá-lo e mantê-lo. Isso explica o porque nas disputas eleitorais os grupos parecem uníssonos, aliados de verdade. Mas depois da confirmação da conquista o que se vê são os atos de traição, inexistência da lealdade, falsas juras e o não cumprimento das promessas, em síntese: a mentira.
Decepcionados, muitos daqueles que deram a cara a tapa, se curvam diante do castigo do agora chefe e não vêem outro remédio a não ser aniquilar suas aspirações. Outros mais corajosos, não suportam mais as mentiras e pulam fora do barco, sem arrependimentos. É isso ai!
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